Li essa HQ recentemente no volume Pato Donald - "O Segredo de Hondorica" da Coleção Carl Barks Definitiva lançado em janeiro/2018. Foi publicada pela primeira vez nos Estados Unidos na revista Walt Disney's Comics and Stories #184 em janeiro de 1956. No Brasil ela já foi publicada várias vezes sendo a primeira delas na revista Pato Donald #257 em outubro de 1956 no mesmo ano, portanto, em que foi publicada nos Estados Unidos.
Eu já tinha essa HQ na coleção em duas edições diferentes: O Melhor da Disney - As Obras Completas de Carl Barks Volume 2 (da coleção anterior lançada em 2004) e no Disney de Luxo: Contos de Natal por Carl Barks (especial capa dura lançado em 2015).
Vou destacar uma edição que eu não tenho, mas que tem uma capa em que a ilustração é referente a HQ do Barks:
Pato Donald #2152
Dezembro/1998
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| Desenho: Eli Marcos M. Leon |
Comentando HQ: os sobrinhos do Donald decidem que vão ficar sem tomar banho. É engraçado ver as justificativas deles para ficarem enlameados. Típica atitude de crianças. Ao mesmo tempo em que tomam essa decisão, o Donald está preparando um super banho pra eles porque irão receber a visita da Vovó Donalda logo mais.
Ao longo das 10 páginas dessa HQ vemos o Donald tentando dar banho no Huguinho, Zézinho e Luisinho sem sucesso. O empolgante aqui é a genialidade de Barks ao criar vários truques dos sobrinhos que chegam ao ponto de enganar não só o tio, mas também o leitor.
Um desses casos é quando o roteiro mostra eles escondidos dentro de um abajur e alguns quadros depois o Donald vê a silhueta deles lá dentro para depois descobrir que se tratava de molde de papel cortado com a figura dos sobrinhos.
A cena que mais gostei é quando o Donald tenta entrar em um forte de gelo a todo custo. São duas páginas de tentativa até conseguir passar pela porta com um aríete e descobrir que o forte não tem parede dos fundos. Era um forte de três lados! Se eu fiquei surpreso, imagine o Donald que chega até a dar cabeçada na parede de gelo.
Após essa cena, Donald pensa num plano melhor e decide criar uma armadilha para os sobrinhos. O engraçado é que o plano é sujar mais ainda os meninos de um jeito que até pra eles fique insuportável o mau cheiro e o banho se torne inevitável.
O plano da certo e os meninos tomam um caldo de óleo de fígado de bacalhau que eu não conheço, mas imagino que deva ser um dos cheiros mais fortes do mundo. Ainda resta um quadro para a piada final quando vemos os sobrinhos extremamente limpos, cabelos penteados e comportados à mesa e o Donald dá a sua resposta para a Vovó Donalda sobre como consegue manter os sobrinhos tão limpos.
Não me canso de ler essa HQ mesmo após várias releituras. Adoro HQs longas de aventura, mas Carl Barks também nos estrega roteiros excelentes como esse em suas HQs de 10 páginas. Nem preciso dizer que essa HQ merece a nota máxima. Os leitores e colecionadores de quadrinhos Disney estão tendo uma oportunidade de ouro de adquirir essa coleção com suas obras completas.
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Nem reparei nos traços. Sou péssimo pra essas coisas. Agora temos informação de que é de quem e fica mais fácil. Essa HQ é realmente muito legal.
ResponderExcluirEu vejo os sobrinhos como tendo 3 fases de desenvolvimento:
ResponderExcluir1 - A Fase das Travessuras: quando os sobrinhos passam a morar com o Donald e são bem levados, aprontando todas com o tio (essa história do post é um exemplo disso). É bem explorada por Taliaferro e parcialmente por Barks.
2 - A Fase de Transição: quando os sobrinhos vão se tornando mais responsáveis e menos levados, não pregando mais tantas peças no Donald e até ajudando o tio e alguns casos. Mas ainda assim aprontam algumas em certos momentos
3 - A Fase do Escotismo: eles se tornam Escoteiros Mirins e se tornam de vez os patos responsáveis e honrados que conhecemos, muitas vezes mais inteligentes que os tios.
Eu sempre acho divertidas as histórias de Barks que entram na primeira fase, como essa do post,até porque temos poucas dele. Os sobrinhos mostram que desde sempre são espertos, bolando várias estratégias pra se livrar do tio, mas nem sempre vencem no final.
Muito bom esse comentário, Sagitarius. Definiu bem essas fases dos sobrinhos. Interessante que, mesmo que tenha sido sem querer, houve uma certa cronologia no desenvolvimento desses personagens.
ExcluirÉ realmente bem interessante notar os estilos diversos de comportamento dos sobrinhos, do extremo das travessuras e confusões ao extremo da astúcia e inteligência. No caso das obras de Barks, merecem ser relidas muitas vezes, trata-se de algo fora do comum!
ResponderExcluirBaita honra sua visita ao blog, Thiago. Lendo e relendo Barks podemos constatar que não é um mestre superestimado. Ele realmente merece todos os elogios possíveis.
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