quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Essencial Disney 1 - Tio Patinhas Versus Maga Patalójika

Reli essa primeira edição da coleção Essencial Disney essa semana e vou compartilhar aqui no blog o seu conteúdo e um breve comentário sobre uma das HQs dessa edição.

Ilustração de capa: Andrea Freccero
Projeto Gráfico de capa: Fábio Figueiredo

O início do volume contém uma introdução escrita por Julio de Andrade Filho. Um texto muito bacana que compartilho aqui. Eu não uso scan para obter imagens dos meus gibis, apenas tiro fotos com o celular mesmo, mas acredito que clicando na imagem e usando o zoom será possível ler esse texto por aqui mesmo.


A edição também tem um índice bem bacana com informações e uma breve sinopse de cada HQ. São detalhes que fazem a diferença e tornam o volume muito mais interessante.



A HQ "A Dupla Personalidade" que escolhi para comentar é a primeira da edição. Ela já foi publicada várias vezes no Brasil sendo a mais recente no Disney de luxo em capa dura, Maga & Min, de 2016.

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Roteiro: Rodolfo Cimino
Desenho: Giorgio Cavazzano

Essa é uma HQ longa com 37 páginas e eu gostei mais da primeira metade da HQ do que da metade final. No começo acompanhamos o Tio Patinhas se precavendo de futuros ataques da Maga Patalójika ao instalar um grande robô no telhado da Caixa-Forte que age de acordo com sua personalidade, ou seja, prega fogo na Maga evitando qualquer tentativa de invasão. Esse robô é uma invenção do Prof. Pardal que é bem verossímil ainda mais atualmente em que estão criando robôs cada vez mais inteligentes. O detalhe é que essa HQ é de 1971 então o roteirista Rodolfo Cimino merece ainda mais pontos pela ideia bem bacana usada há quase 50 anos atrás.

A reação do Donald é hilária!

Robô em ação!

Ainda nessa primeira metade da HQ acompanhamos a Maga Patalójika, com a ajuda de Roberta, uma bruxa tecnológica como aponta o roteiro, em busca de uma forma de conseguir atingir seu objetivo de ter a posse da moeda Número Um do Tio Patinhas. Esse trecho, particularmente, gostei bastante porque a Maga se torna praticamente a protagonista da HQ. Achei até que continuaria assim até o fim, mas fui surpreendido pela parte final.

Laércio nocauteado pela Maga!
Palavras mágicas!

Curva mais curta que reta.

Muito interessante o Mundo Invertido pra quem é adepto de teorias da conspiração.

Obstáculos que fazem lembrar as aventuras do Indiana Pateta.

Cruz-credo!

Psicólogos podem falar melhor sobre personalidades anuladas. Será?

Na parte final dessa HQ, após a Maga já ter conseguido trocar a personalidade do Tio Patinhas para uma personalidade generosa e, com isso, anulando o robô que fazia a defesa é que vem a parte do roteiro que não me agradou. Os sobrinhos Huguinho, Zezinho e Luisinho levam o seu tio Donald para trocar de personalidade também e ele se torna corajoso e, digamos, super capaz. O roteiro segue com o Donald colocando as coisas em ordem até que vai atrás da Maga no Monte Vesúvio para recuperar a Número Um. O que me desapontou é que em nenhum momento mais da HQ vemos a Maga Patalójika que tem sua construção narrativa totalmente desprezada.

Plano em ação.

Tudo acaba bem. O Tio Patinhas e o Donald voltam a ter suas personalidades normais e pra completar o final feliz o Tio Patinhas entrega um saco de moedas para o Donald como recompensa. Bonitinho até demais o final dessa HQ.

Parece até "moral da história" esse final.

Fiquei pensando se o problema não era eu, como leitor, que estava com aquele sentimento que as vezes temos de torcer pelo vilão, mas definitivamente não foi o caso. Por mais que eu tenha afeição pela Maga Patalójika (e acredito que muitos leitores de quadrinhos Disney também tenham) eu não torci por ela, não queria o Tio Patinhas falido e sem sua moeda Número Um. Foi mais uma sensação de que a ideia poderia ter sido melhor aproveitada ao invés de terminar de contar a história apressadamente.

A HQ vale mesmo pela idéia do Mundo Invertido, o lugar onde ficam depositadas, em forma de estátuas, as personalidades anuladas de cada pessoa. Acompanhar a Maga passando pelos obstáculos para conseguir chegar a esse local é o ponto alto da trama.

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Sobre as outras HQs da edição: 
O Celular enfeitiçado: muito boa, me diverti bastante lendo essa. A Maga faz o Tio Patinhas passar por situações absurdas. ****

Uhuu, Animal!: não gosto muito do recurso de transformações em animais usados pela Maga nessa HQ. Uma HQ menor da edição em divertimento e, ainda bem, em número de páginas também. **

A Camélia Contumélia: uma excelente HQ para fechar a edição. Bem gostosa de ser ler e tanto o Tio Patinhas quanto a Maga Patalójica estão em sua melhor forma aqui. O final é ótimo ao colocar a Maga em uma situação inusitada polindo as moedas do Tio Patinhas. *****

Sobre a edição:
No geral tem um bom mix de HQs que realmente trazem o tema Tio Patinhas x Maga Patalójica. É a isso que a coleção Essencial Disney se propõe e é isso que ela entrega. Sem mais nem menos. Houve muitas criticas na época de lançamento dessa coleção do que seria "essencial" nos quadrinhos Disney e os leitores reclamavam que o conteúdo deveria ser de HQs "clássicas". O que talvez não tenham entendido é que o "essencial" do título se referia aos temas da coleção e não de HQs específicas. 

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Coleção de Disney Big

Capas

Disney Big é um título publicado pela Editora Abril entre 2008 e 2018. Em abril, quando a publicação atingiu o 50º número eu fiz um post especial sobre os 10 anos de Disney Big. É um post mais detalhado com informações sobre datas de lançamento e preço de capa ao longo desses anos. Ele pode ser acessado por esse link: Disney Big 10 anos.

Acredito que todos os leitores já tenham conhecimento de que a Editora Abril parou de publicar quadrinhos Disney no meio desse ano e, com isso, o Disney Big teve o número 51 como último publicado. Não vou me estender nesse assunto. O propósito desse post é apenas como curiosidade de como armazeno minha coleção e deixar registrado no blog que é um local de fácil acesso pra mim sempre que preciso rever algo. Seria bacana também trocar experiências sobre como outros colecionadores armazenam suas coleções.

Propagandas da contra-capa

A minha coleção de Disney Big está incompleta. Eu comecei a comprar regularmente o título em banca quando voltei a comprar quadrinhos Disney no começo de 2013 portanto a primeira edição que comprei foi a número 19. De lá pra cá, além de adquirir os números seguintes, eu consegui adquirir 14 dos 18 números anteriores. Seja através de troca, compra online ou sebo. Os números que faltam na minha coleção são os números 02 - 04 - 05 - 16. Dá uma agonia ver a coleção quase completa. Um dia eu consigo completar ela.

A seguir vou colocar algumas fotos dos meus Disney Big, mas não da forma que armazeno eles. Tirei essas fotos quando estava mexendo neles e gosto de ficar "brincando". Fazer torres, por exemplo, é minha paixão. Tenho post no blog sobre Almanaque Disney em que também fiz torre. Sempre com segurança, é claro, pra não deixar os gibis caírem todos. Não façam isso em casa.

Lombada vermelha eterna. Faltou numeração.

As canecas do Pato Donald foram suficientes para segurar as revistas.

Uau! Quem mais gosta de torre de quadrinhos?

Ficou bem alta, mas ainda faltam quatro "andares".

Só esses gibis das fotos contém 14.100 páginas de quadrinhos (o total da coleção é 15300). Já li todos e espero reler de novo. No post citado anteriormente eu fiz uma lista interessante com as HQs que eu destaquei de cada uma das 50 primeiras edições. Tenho um projeto de reler elas na sequência. Deve ser uma experiência interessante.

Agora vou colocar as fotos de como eu armazeno essas edições. Eu guardo elas dentro de caixas que vieram no GoBox (um serviço de assinatura de quadrinhos em capa dura Disney que foi cancelado também). Faço isso para economizar espaço e também porque essa lombada vermelha eterna não me atrai na estante.

Uma alegria abrir a caixa e ver os gibis intactos.

Eu coloco os Disney Big em saquinhos do tipo Zip Lock. Dessa forma posso abrir e fechar o saquinho e ter fácil acesso sempre que quiser. Uso saquinho de um tamanho que permite colocar duas edições em cada. Na caixa cabem 4 edições. Então é necessário várias caixas, mas eu tenho bastante porque achei elas bonitas e não joguei nenhuma fora. Precisava mesmo de alguma utilidade pra elas.

Mais torre.

É bem bonita essa caixa. Toda estilizada com quadrinhos.

Importante dizer que eu testei o peso. Levantei todas as caixas de uma vez e não me pareceu muito pesado. E o peso força nas caixas de papelão e não nos gibis diretamente. Na realidade os gibis estão empilhadas apenas de 2 em 2 com as caixas separando eles sem contato direto. Tudo tranquilo. Acredito que não vou ter problemas com eles.

Lugar em que estão na estante.

Essa estante é de metal. Aguenta todo peso tranquilamente. É interessante notar que como esses Disney Big estão nessas caixas eles acabam ocupando um espaço físico maior do que se estivessem fora das caixas, mas essa foi uma forma que encontrei para aproveitar o espaço vertical. Colocando essas caixas empilhadas até quase no teto eu acabo ganhando mais espaço útil para o restante da coleção. A falta de espaço é um problema que vários colecionadores se deparam com o crescimento da coleção e o meu caso é um deles.

Ao contrário do que o post deixa transparecer, eu não sou obcecado por organização e conservação da coleção. Acho até que faço pouco perto de outros colecionadores. Eu acredito que esses gibis vão envelhecer muito melhor do que eu independente do que eu faça. Não é uma preocupação tão grande. A questão mesmo é otimizar o pouco espaço que tenho para uma coleção de mais de 1300 edições apenas de quadrinhos Disney, sem contar os outros.

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